terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Um ano velho, de novo?

Dizem que o ano é novo, e que haja felicidade, e paz, e amor, e fraternidade...
Ainda não vi nada novo, nem os desejos, nem os votos, nem os excessos, nem a superficialidade de tudo isso.

Porque tem que ser uma roupa nova, porque tem que ser traje de gala, porque as cuecas têm que ser azuis, ou amarelas, ou verdes ou vermelhas, ou o rabo do gato.
Não se esqueçam das 12 passas, de um desejo por passa, ao som de cada badalada; da taça de champagne, dos salgados, dos doces, das misturas, das bebedeiras, de vomitar, de perder a consciência...
Não, não me esqueço de nada.
É sempre o mesmo desde há muitos anos, muitas passagens de ano, muitos anos novos...
E não é nada novo!!!

O ano novo, mas as pessoas que o festejam são velhas. Cada vez mais, cada vez pior, porque cada vez mais cedo começam nestes jogos de aparências, de excessos... E o importante não tem importância.
A família, não tem importância.
Os pais são cotas, não tem piada.
A mãe, nem me lembrou de mandar um sms, não importa.
Os avós, para quê ligar hoje, se amanhã os vejo? "mas é a passagem de ano!" Oh nem dão por isso, às 10 já estão na cama; não tem importância.
Depois ligo, depois passo lá, depois... Porque afinal é só uma noite! Que diferença faz?...

Não há espaço para o amor, para o carinho, para a família.
Só há espaço para as vaidades, para a diversão, para os excessos; e os votos de um ano novo cheio de amor, e de paz, e fraternidade, e harmonia... Quando??...

Há mesmo qualquer coisa para renovar, mas não me parece que seja o calendário.